Susan Rice deu declaração em discurso em Washington.
Dilemas ocorrem em escolha entre defender segurança nacional e direitos.



Presidente dos EUA, Barack Obama, escuta dircurso após anunciar a nomeação de Susan Rice como nova conselheira de segurança nacional em junho (Foto: Joshua Roberts/ Reuters)


O governo dos Estados Unidos se defronta, às vezes, com "dolorosos dilemas" quando deve escolher entre defender sua segurança ou proteger os direitos humanos, admitiu a conselheira de Segurança Nacional do presidente Barack Obama, Susan Rice, nesta quarta-feira (4).
"Às vezes, enfrentamos dolorosos dilemas, quando a necessidade imediata de defender nossa segurança nacional vai contra nossos compromissos fundamentais em favor da democracia e dos direitos humanos", afirmou Rice, em um discurso proferido em Washington.
"Vamos ser honestos: às vezes, negociamos com governos que não respeitam os direitos que consideramos mais caros", acrescentou Rice.
"Fazemos escolhas difíceis. Quando os direitos são violados, continuamos a defender sua proteção", completou. "Mas não podemos dizer - e eu não vou fingir - que alguns trade-offs de curto prazo não existem".
A assessora Rice afirmou que, por razões históricas, os Estados Unidos terão sempre de concentrar sua política externa no respeito aos direitos humanos e aos valores democráticos, em especial, os direitos das mulheres, dos homossexuais e das minorias étnicas.
Susan Rice alegou, porém, que o dever de um presidente é, antes de tudo, proteger seu país e seus cidadãos.
"A defesa dos direitos humanos não é e nunca foi nosso único interesse (...) Devemos defender os Estados Unidos, nossos cidadãos e nossos aliados com todas as ferramentas à nossa disposição, entre elas, quando for necessário, a força militar", comentou.
As ONGs condenam o governo Obama por não ser crítico o suficiente com China e com Rússiapara não comprometer as relações dos Estados Unidos com essas duas grandes potências, enquanto que outras organizações questionam a moralidade da "guerra secreta" dos aviões não tripulados ("drones") contra supostos membros extremistas no Paquistão e Iêmen.

FONTE: G1 EUA

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