Criada em 1961, pelo advogado britânico Peter Benenson – revoltado com a prisão de estudantes portugueses pelo simples fato de mostrarem um cartaz contendo a palavra liberdade –, a Anistia Internacional é uma Organização Não Governamental (ONG) que atua em mais de 150 países e possui mais de 2,2 milhões de membros e ativistas. O principal foco de atuação dessa organização é a luta pelo respeito aos direitos humanos, de forma que todas as pessoas, independentemente do país, possam desfrutar dos direitos estabelecidos na Declaração Internacional dos Direitos Humanos. Em 1997 a organização recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Diferentemente de outras ONG’s, a Anistia Internacional não aceita nenhum tipo de doação oriunda de instituições públicas. Ela atua através de ajudas financeiras de seus próprios membros e simpatizantes, além de campanhas para a arrecadação de verbas. Essa posição da organização garante autonomia na realização das investigações, de forma totalmente independente e sem nenhuma imposição estatal. A Anistia Internacional promove campanhas para a libertação dos presos de consciência: pessoas detidas por causa de convicções, religião, composição étnica, idioma, sexo ou opção sexual que não tenham feito uso da violência. Atua também em defesa de julgamentos rápidos e justos aos presos políticos, combate ao tratamento cruel de prisioneiros, à tortura, aos maus tratos, aos “desaparecimentos”, às execuções extrajudiciais, assistência médica e a abolição da pena de morte, que, em 2008, foi realizada em 24 países, executando 2.390 pessoas. Nesse sentido, a Anistia Internacional realiza trabalhos de investigação a violações e abusos dos direitos humanos, e divulga publicamente os resultados, de forma a promover mudanças que melhorem a situação das vítimas. Os seus trabalhos são apresentados aos governos, organizações intergovernamentais, empresas e instituições não estatais. Promove manifestações públicas como forma de pressão contra a violação dos direitos humanos universais. Até 2010, os trabalhos da Anistia Internacional conseguiu garantir os direitos de mais de 50 mil prisioneiros de consciência em várias partes do mundo.

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