O novo Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, afirmou na última terça-feira (03/01) que a total eliminação da fome será a prioridade da sua gestão. Já o aumento no preço dos alimentos básicos foi definido como principal desafio em 2012. “Os preços vão se manter altos em comparação aos anos anteriores, a volatilidade também será muito alta”, previu.
Em entrevista à Rádio ONU, Graziano afirmou que a região do Sahel na África Ocidental será o principal alvo dos programas da FAO. Muitos países dessa região enfrentam déficits de comida e não conseguem alimentar sua população.
Foco da agência será desenvolver métodos mais sustentáveis de consumo e produção de alimentos, ser mais justo no gerenciamento de comida e completar o processo de reforma interna da FAO.
Para isso, a Organização buscará trabalhar com transparência e proximidade com todos os Estados-Membros, outras agências da ONU, setor privado e sociedade civil. “Acabar com a fome exige comprometimento de todos: nem a FAO nem qualquer outra agência ou governo pode vencer essa guerra sozinho”, completou.
*( Organização das Naçoes Unidas para Agricultura e Alimentação )
Quem é Jose Graziano ?
O brasileiro José Graziano da Silva, que assumiu o lugar de director-geral da FAO no domingo, tem como meta erradicar a fome num mundo a atravessar uma crise profunda.
O oitavo director-geral da FAO, conhecido pelo programa "Fome Zero" para erradicar a fome no Brasil, fixou uma meta na primeira conferência de imprensa que deu desde que assumiu o cargo no domingo.
Para erradicar a fome é preciso o compromisso de todos, nem a FAO nem outras organizações ou Governos, vão conseguir vencer esta guerra sozinhos. A FAO está aberta a novas ideias e abordagens, estou convencido que poderemos ganhar o terreno perdido e fazer progressos rumo aos objectivos do milénio de reduzir para metade o número de pessoas que passa fome já em 2015», adianta.
O brasileiro José Graziano da Silva vai colocar África como prioridade durante o seu mandato.
No final de Janeiro, irá participar na cimeira da União Africana e visitará o Corno de África «para ver em primeira mão a situação e o trabalho que está a ser feito».
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